As
terras brasileiras e o seu sistema de distribuição sempre foi desigual. A
sociedade não foi convidada para opinar sobre a ocupação dos espaços.
Após o
fim das capitanias e a independência do Brasil, as terras que antes pertenciam à
coroa, passaram a ser devolutas e administradas pelo estado. As regras de
ocupação sempre privilegiaram aos “burgos”, classes dominantes. Essas eram distribuídas
e documentadas aos “amigos”.
Chamam os sem terras de invasores, mas esquecem de
que tudo que hoje possuem foi por meio da invasão.
Nos espaços urbanos não ocorreu de forma diferente, às áreas
privilegiadas foram ocupadas pelos oligarcas. Com o passar dos tempos e com a
movimentação migratória, qualquer espaço vazio estava sujeito à ocupação. Ocupam
desde áreas desvalorizadas, inexploradas e despovoadas. Ocupam encostas,
margens de rios, brejos, mangues e margem de rodovias, pois foi só o que sobrou.
Na verdade estes excluídos são na verdade, os desbravadores dos espaços
urbanos. O retrato da exclusão no país são
as ilhas onde as elites e as classes médias são cercadas pela pobreza. Áreas
classificadas de extrema miséria em função das condições sócias ambientais e a
falta de assistência pelo poder público que acabam favorecendo aos grupos
dominantes.
Até quando?
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